Granulomas de colesterol em suricatas

Instituto Politécnico de Viseu
Escola Superior Agrária
Granulomas de colesterol em Suricatas

Licenciatura em Enfermagem Veterinária
Nutrição e Alimentação Animal I

Discente: Marta Marques nº2316
Docente: Dr. José Manuel Costa Viseu
2012
1. GRANULOMAS DE COLESTEROL EM SURICATAS

Os granulomas de colesterol são raramente reportados em animais à excepção dos cavalos.
Em cães foram encontrados granulomas de colesterol no interior do crânio, no ouvido médio e na zona maxilar. Em outras espécies, como cobras e sapos, foram encontrados granulomas de colesterol nas meninges e em diversos tecidos, também foi encontrado um caso de um suricata com os granulomas de colesterol no cérebro.
Nos seres humanos, os granulomas de colesterol são localizados geralmente no tecido carniano, parótida, gânglios linfáticos, rins, fígado e baço.
De seguida, serão descritas algumas características clínicas e patológicas dos granulomas de colesterol que afectaram três suricatas, nascidos em cativeiro no Parque Zoológico da Carolina do Norte, e possíveis processos fisiopatológicos associados ao desenvolvimento dos granulomas do colesterol.
Suricata 1: com 8 anos de idade, apresentava uma depressão intensa, estava apático e desidratado. Os parâmetros iniciais hematológicos estavam normais, comparando com a base de referência, à excepção do colesterol sérico que tinha um valor elevado e permaneceu assim durante as quatro semanas de internamento. Após estas quatro semanas o suricata apresentou paralisia nos membros anteriores e posteriormente foi eutanasiado. Na necrópsia foi observado que o cérebro se encontrava firmemente aderido à parte superior do crânio, por uma massa amarela granular extensa que substituía as meninges. A nível cardíaco existia uma dilatação dos ventrículos e o pericárdio continha uma pequena placa amarela granular. Este suricata desenvolveu profundas deficiências nervosas possivelmente pela elevada compressão e destruição cerebral.
Suricata 2: