gran poder

no começo do século 20, uma pintura com a imagem da santíssima trindade, com três rostos de Cristo, chegou ao bairro de Chijini, em La Paz. Era uma zona bastante popular, com grande presença de migrantes aymaras.

Bastaram alguns milagres atribuídos à pintura para seu culto ter início. Antes, ficava numa casa particular, mas no final dos anos 30, construiu-se uma capela para abrigá-la. No dia do Gran Poder, celebrava-se missa e saía-se em procissão.

A partir da década de 70, a procissão, já transformada em desfile, começou a se expandir pela cidade, tornando-o uma festa de toda La Paz, e não mais restrita a Chijini.

Mas, uma festa que tinha tudo para ser bem católica (afinal, eram milagres realizados por uma pintura da santíssima trindade), acabou ganhando fortes elementos da cultura andina.

as celebrações são separadas emtres fases:

O Preste
Nos três dias que antecederam o festival, várias festas acontecem em toda a comunidade, envolvendo missas, música, bebidas e festas todos honram Jesus del Gran Poder. O foco principal ao longo de cada uma das partes é o preste; tradicionalmente uma pessoa de prestígio na comunidade que paga por toda a parte.
O Ch'alla
O Ch'alla é um ritual realizado para Pachamama (mãe terra) para os cultivos e as frutas que ela tem prestado ao longo do ano. Durante o ritual, os membros da comunidade preparar oferendas, derramando bebidas no chão como símbolo de fornecer para a terra.
O Convite e a Promessa
A última etapa é a promessa, um aniversário do religioso, que acontece no mesmo dia do Fiesta del Gran Poder, onde os membros da comunidade pedem favores, prometendo estar envolvidos no festival como dançarinas ou Prestes. A queima da mesa cerimonial é realizada como uma oferta para garantir a segurança e saúde dos participantes do festival no presente e em dias futuros.