Grafite como arte
Como já mencionamos anteriormente, nossa sociedade já passou da etapa de discutir alguns caracteres artísticos deste ou daquele objeto. Estamos mesmo, numa fase de contemplação daquilo que nos agrada. “Arte é uma atividade que supõe a criação de sensações ou de estados de espírito, de caráter estético, carregados de vivência pessoal e profunda, podendo suscitar em outrem o desejo de prolongamento ou renovação»...; «a capacidade criadora do artista de expressar ou transmitir tais sensações ou sentimentos” O Novo Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa (Aurélio Buarque de Holanda Ferreira, segunda edição)
O grafite se encaixa na definição do dicionário também, pois o grafite desperta a criatividade, à vontade nos grafiteiros de exprimir suas qualidades ou tendências morais, eles criam pinturas que para eles tem um valor sentimental.
O grafite brasileiro já ganhou bastante reconhecimento e status de arte com a abertura dos grafiteiros Os Gêmeos, e já existem galerias específicas para receber essa manifestação, como em São Paulo todo o ano acontece a Bienal Internacional Graffiti Fine Art, no Museu Brasileiro de Escultura, o MuBE. Esse acontecimento nos prova como o grafite já está inserido no contexto artístico. “Entenda-se que tudo é um processo de formação de público e pensamento a respeito do que pode adentrar o templo sagrado das artes, ganharem o respeito dos eruditos e fãs pelo mundo afora.” observa Mariana Holitz, artista plástica.
A arte também precisa ser reconhecida com valor de mercado, que é paga dos trabalhos realizados, artistas precisam ter suas obras valorizadas falando do ponto economicamente, sabemos que isto é a Indústria Cultural a conversão da cultura em mercadoria. A produção cultural e intelectual passa a ser guiada pela possibilidade de consumo mercadológico com a intenção capitalista. É triste, porém no mundo em que vivemos um dos conceitos de arte é o valor no mercado.
Sendo o grafite já utilizado em