Gradientes no cerrado
JULIANA DALCASTAGNE
PROJETO SOBRE GRADIENTES NO PARQUE ESTADUAL DO CERRADO, JAGUARIAÍVA-PR: COMPARAÇÃO VEGETACIONAL DE SUBDIVISÕES DO CERRADO - CAMPO LIMPO E CAMPO SUJO
Relatório apresentado para avaliação na disciplina Ecologia de Comunidades, do Curso de Ciências Biológicas do Centro de Ciências Exatas e Naturais da Universidade Regional de Blumenau.
Professor: Luís Olímpio.
BLUMENAU
ABRIL/2011
Introdução
O Parque Estadual do Cerrado constitui uma importante amostra da vegetação da região nordeste do estado, apresentando fisionomias que vão desde formações florestais e savânicas até campos abertos, variando principalmente quanto à formação do dossel e continuidade, dependendo das condições locais e da ocorrência de fogo, aparecem fisionomias como: campo limpo, campo sujo, campo cerrado, cerrado senso strito, cerradão (RIBEIRO & WALTER, 1995). A grande heterogeneidade de paisagens, características do cerrado, abriga uma importante diversidade florística com um significativo número de espécies de plantas endêmicas (GIULIETTI, 2000).
A primeira descrição da vegetação do Parque foi realizada por UHLMANN et al. (1995 & 1997). Os autores classificaram a vegetação em três tipos fisionômicos, floresta estacional semidecídua, cerrado e campo.
O cerrado é o segundo maior bioma brasileiro, e recentemente foi incluído na listas dos “hotspots” (SILVA & BATES, 2002). A inclusão do bioma cerrado nesta lista tem um ponto positivo, pois significa o reconhecimento, em nível mundial, de sua rica biodiversidade. De outro lado, sua inclusão também mostra que ele está sendo considerado um ambiente bastante ameaçado e que a sobrevivência de suas espécies depende de sua conservação e preservação (FIEDLER, 2004).
De modo geral, o cerrado encontra-se bastante ameaçado. Espécies nativas importantes, comercial e ecologicamente, estão desaparecendo em função da ocupação desordenada da expansão urbana e agropecuária, da exploração irracional