Governo collor
Com uma carreira política construída no Estado de Alagoas durante os anos da ditadura militar, Fernando Collor de Mello é o primeiro presidente eleito por voto direto desde 1960. Toma posse em 15 de março de 1990, para um mandato de cinco anos. Anuncia a chegada da "modernidade" econômica: livre mercado, fim dos subsídios, redução do papel do Estado e um amplo programa de privatização. Já em sua posse, assina 20 medidas provisórias e três decretos relativos à economia e à extinção de órgãos governamentais de cultura e educação. Ato contínuo, decreta o Plano Collor de combate à inflação: extingue o cruzado novo e reintroduz o cruzeiro, confisca o saldo das cadernetas de poupança, contas correntes e demais investimentos acima de 50 mil cruzeiros.
O governo Collor é abalado por uma sucessão de escândalos. Um esquema de corrupção envolvendo o próprio presidente provoca a abertura do processo de impeachment. O presidente é afastado provisoriamente em 29 de setembro de 1992 e em caráter definitivo em 29 de dezembro do mesmo ano dando fim ao plano Collor.
SOBRE O PRESIDENTE
Fernando Affonso Collor de Mello, quarto filho do casal Arnon e Leda Collor de Mello, nasce no Rio de Janeiro. Seu pai governa o Estado de Alagoas de 1951 a 1956 e seu avô materno, Lindolfo Collor, é um dos articuladores da Revolução de 30. Aos 17 anos vai morar em Brasília, onde cursa economia. Em 1973, muda-se para Maceió, para assumir a direção da Gazeta de Alagoas, a convite do pai, dono do jornal. Casa-se pela primeira vez em 1975 com a socialite carioca Lilibeth Monteiro de Carvalho, mãe de seus dois filhos. Separa-se em 1981 para casar, três anos mais tarde, com a alagoana Rosane Malta. Por indicação de seu pai é nomeado prefeito de Maceió em 1979. Alcança uma cadeira de deputado federal pelo PDS, em 1982. Elege-se governador de Alagoas em 1986, pelo PMDB. Fica conhecido em todo o país pela caça aos "marajás" (funcionários públicos com altos salários) e pelas críticas ao