Governança corporativa
1 INTRODUÇÃO
Antes de conceituar governança corporativa, é necessário entender a Teoria da Agência. Quando uma empresa se torna grande e não pode ser mais administrada por uma única pessoa (o dono ou seus familiares) é necessário a contratação de um profissional capacitado para executar essa tarefa. Esse profissional é denominado o Agente.
A governança corporativa trata da relação entre os sócios ou acionistas da empresa, denominados como principal, com os agentes responsáveis em obter os melhores resultados possíveis.
Segundo Jensen e Meckling (1976), a relação de agência pode ser vista como uma relação contratual na qual uma pessoa, o principal, emprega uma outra pessoa, o agente, para executar algum serviço em seu favor que envolva a delegação de alguma autoridade de decisão para o agente.
Entende-se por governança corporativa o conjunto de processos, costumes, políticas leis e regulamentos no qual uma empresa é controlada. Não existe um único modelo de governança corporativa, pois os valores das instituições são formados de acordo com a cultura do seu pais ou região. Sendo assim empresas que produzem produtos semelhantes podem ter modelos de gestão completamente diferentes.
Alguns conceitos de governança corporativa:
De acordo com Garvey e Swan (1994), a governança corporativa deve ser entendida e avaliada a partir de um nexo de contratos explícitos e implícitos, os quais se constituem nas maneiras possíveis que a governança dispõe para intervir na forma dos tomadores de decisão administrem seus contratos.
Shleifer e Vishny (1997) definem governança corporativa como um conjunto de mecanismos pelos quais os fornecedores de capitais asseguram-se da obtenção de um retorno adequado para os seus investimentos.
Para Andrade e Rossetti (2004), a governança corporativa pode ser caracterizada como um sistema pelo qual as sociedades são dirigidas e monitoradas, envolvendo os relacionamentos entre acionistas, conselho de administração,