Golpe Militar
O golpe militar de 31 de março de 1964 ainda está vivo na memória do nosso país como um período de tenebrosas violações da liberdade, dos direitos humanos que deixou milhares de mortos, desaparecidos e torturados e se prolongou por longos 21 anos, até 15 de março de 1985 com a posse do civil José Sarney e a instauração da Nova República.
Um período de excessos que não se curvou até hoje a julgamento histórico de fato. Ainda que existam movimentos concretos de tentativa de apuração dos abusos, nada ainda aconteceu.
O País, governado por uma vítima da tortura, não consegue acertar as contas com o seu passado.
A história, então, recua para 25 de agosto de 1961, quando Janio Quadros um presidente populista renunciou ao mandato acuado pelo que disse ser “forças terríveis”, ele disse que queria voltar aclamado pelo povo, com poderes ampliados, o que jamais aconteceu. Seu vice, João Goulart, estava na China quando tudo aconteceu. Era um período crítico ao redor do mundo , pois potências “realizavam” uma Guerra Fria, em que a então União Soviética comunista e os Estados Unidos capitalistas duelavam.
Os militares não se afeiçoavam a Jango desde sua atuação como ministro do Trabalho de Getúlio Vargas e, com a renúncia de Jânio, ensaiaram um primeiro golpe. Não deu certo, o Brasil viveu uma breve experiência parlamentarista e Jango recuperou seus poderes em janeiro de 1963. Quase um ano depois, em 1º de abril, deixava o poder rumo a um exílio sem volta. Ele não tinha aliados suficientes na caserna e nem os mais próximos se dispuseram a lutar contra tropas que marcharam de Minas Gerais para tira – lo do poder.Com o País dividido, Jango lançou-se ao desafio final antes da derrota de 31 de março. Solidarizou-se com marinheiros e sargentos rebelados e, no último gesto de enfrentamento, reuniu-se com os sargentos no Automóvel Clube do Rio de Janeiro, num imperdoável — para os militares — apoio à insubordinação militar. No dia seguinte, o Exército