Goiás
Com o intuito de explorar o país ainda desconhecido atrás de pedras preciosas ou outras riquezas, e também de conseguir mais mão de obra escrava, os brasileiros (que possuíam sangue europeu ou misturado com sangue indígena), realizaram expedições para o interior em viagens que poderiam durar anos. Durante o século XVII, os holandeses tinham controle sobre o mercado de escravos africanos, já que haviam invadido as colonias lusitanas da África para trazer mais negros para o Nordeste ocupado por eles. Os índios então valiam cinco vezes menos que os negros e eram uma boa alternativa para coroa portuguesa.
Existiram dois tipos de expedições: as entradas e as bandeiras. A primeira era apoiada pelo governo de Portugal, com a finalidade de expandir o território e antecedeu as bandeiras que tratavam-se de iniciativas particulares visando a obtenção de lucro próprio.
Há duas versões para o nome de Bandeiras. A primeira acredita que foi porque os desbravadores levavam uma bandeira sempre a frente do grupo, e a segunda versão acredita que eles tinham como objetivo enfraquecer os índios para depois escravizá-los sem enfrentarem tanta resistência, isso se chamava “levantar bandeira”.
Os portugueses no começo da colonização brasileira tinham interesse apenas em áreas litorâneas. O que dificultava a entrada dos lusitanos no interior do país era o péssimo caminho que tinham que percorrer, com altas matas e serras, além de não terem nenhum conhecimento de astronomia ou geografia que pudessem guiá-los. Os bandeirantes, conhecidos como homens valentes sabiam os caminhos milenares e também as técnicas de sobrevivência no clima do sertão.
As bandeiras tiveram início no século XVII e são predominantemente expedições paulistas. Isso se deve a fatores econômicos, sociais e geográficos do estado, pelo fácil acesso ao interior através do rio Tietê e pelo grande aumento da população vinda de São Vicente depois dos canaviais entrarem em