Goias colonial
A Procissão do Fogaréu foi introduzida em Goiás pelo padre espanhol Perestelo de Vasconcelos, em meados do século XVIII. A indumentária utilizada pelos penitentes caracteriza-se por uma túnica comprida e e por um longo capuz cônico e pontiagudo, guardando fortes semelhanças com as vestimentas que ainda hoje são comuns nas celebrações da semana santa na Espanha.[1] Trata-se, com efeito, de um traje de origem medieval, o qual era costumeiramente utilizado por penitentes que assim podiam expiar seus pecados sem ter que revelar publicamente sua identidade.
A "Procissão do Fogaréu" é uma belíssima e tradicional manifestação popular de fé, realizada anualmente na cidade de Goiás Velho ( antiga capital do estado, 130 km de Goiânia), há 263 anos.
O ritual representa a perseguição dos soldados romanos a Jesus na antiga Jerusalém, e tem início às 0:00h da quarta-feira santa, com a iluminação pública apagada e ao som de tambores, à porta da Igreja da Boa Morte, localizada na praça principal da cidade.
Em vez da multidão, tribunos e soldados judeus de túnicas coloridas e encapuzados ( os chamados "farricocos"), são enviados pelo sumo sacerdote Caifás (João, 18:12) para prender Jesus. Carregam tochas para iluminar a caminhada, que segue por 1km nas ladeiras de pedra em busca do Messias
O que a procissão do fogaréu celebra
Na Quarta feira de trevas, acontece a Procissão do Fogaréu, única neste estilo realizada no Brasil. Simboliza a busca e prisão de cristo. Dela participam personagens encapuzados, denominados Farricocos que seriam penitentes e mantenedores da ordem. Tais personagens, são os que mais se assemelham aos existentes na Semana Santa espanhola. Cerimônias Litúrgicas e para-litúrgicas. A procissão tem início por volta das 00:00hs., com a iluminação pública apagada e ao som de tambores, saindo de frente da porta do Museu de Arte Sacra da Boa Morte, na praça principal. Segue rápida e desordenadamente até às escadarias da