Go Back - FM Itatiaia
1. Breve histórico radiofônico de Juiz de Fora
Em meados do século XIX e início do século XX, Juiz de Fora se mostrava inclinada ao padrão carioca em detrimento aos modos normalmente associados aos mineiros. Muito disso de deve à proximidade geográfica de Juiz de Fora com o estado e a cidade do Rio de Janeiro. Outro fator seria o destaque da cidade fluminense – à época capital federal do Brasil – no âmbito nacional, algo decisivo à analogia de costumes. Episódio que se fortaleceu com o desenvolvimento de ambas as cidades e, posteriormente, com a difusão do rádio e, depois, da televisão. Ressaltando que este fato já era simbiótico nos meios da mídia impressa, como, por exemplo, a proximidade gráfica e textual entre o carioca Jornal do Brasil e o juiz-forano, O Pharol (DELGADO; NEVES; OLIVEIRA, 2004, p. 69-71).
Na chamada “era do rádio”, ocorrida nas décadas de 1940 à meados de 1960, onde as transmissões radiofônicas de Juiz de Fora copiavam as do Rio de janeiro, em especial ao modelo da Rádio Nacional. Ou mesmo na televisão, em meados das décadas de 1950 a 1970, onde os juiz-foranos se inspiravam na TV Tupi, do Rio. Com a TV Mariano Procópio, afiliada dos Diários Associados em Juiz de Fora e primeira emissora de televisão do interior na América Latina, cuja programação era transmitida a região sudeste do país. Nos meios de comunicação, Juiz de Fora se mostrava na vanguarda, moderna e pulsante como o Rio de janeiro, repelindo os ares bucólicos do interior mineiro, barroco, antigo e ultrapassado (BRANDÃO; LINS, 2013, p. 36-39).
No círculo radiofônico juiz-forano, se destacam como expoentes da locução e do jornalismo figuras como José de Barros, José de Alencar e Wilson Cid. Ainda hoje, nomes referenciais no que tange a cultura, a qualidade e a reportagem na cidade. Com programas distintos, permeando do sertanejo raiz ao pop internacional, transpassando por um jornalismo coerente, a