Gnotobiologia _ Science & Society
A experimentação animal com objetivos científicos é uma prática comum que vem sendo empregada desde a Antiguidade, mas para que essa prática seja aceitável do ponto de vista ético e exponha resultados eficazes, é dever do especialista a consciência de que o animal que está sendo utilizado como cobaia é um ser vivo e como tal possui instinto, além de ser sensível à dor.
A questão sobre os direitos dos animais e sua utilização em experimentos científicos vem sendo discutida desde muitos anos, mas, em 1860, um fato ocorrido foi decisivo para o estabelecimento de limites no uso de animais como cobaias em experimentos de laboratório. O fisiologista francês Claude Bernard dizia que o uso de animais vivos era indispensável para experimentações e, por isso, ele mantinha um laboratório e um biotério nos porões de sua própria casa. Cansadas de ouvir os gritos de animais que diariamente eram torturados, a esposa e a filha de Claude o abandonaram e fundaram a primeira sociedade francesa em defesa dos animais. A partir dessa associação, diversas outras sociedades protetoras dos animais também foram fundadas, assim como leis específicas para esse tipo de uso dos animais.
Reconhecimento e contrastes
O prêmio nobel de Medicina de 2007 foi para uma equipe de cientistas (os americanos Mario Capecchi, Oliver Smithies e o britânico Martin J. Evans) que fizeram descobertas no uso de células tronco embrionárias na manipulação genética de camundongos. Utilizaram estes animais modificados geneticamente provocando-lhes doenças semelhantes aos do homem para estudar os tratamentos.
Enquanto se premia a técnica, outros cientistas e representantes da sociedade civil reivindicam a diminuição da prática, quando não a completa extinção do costume.
E bote costume nisso. Entre as práticas usadas com animais de laboratório, está a vivissecção, que