Globalização: neoliberalismo, desemprego estrutural.
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INTRODUÇÃO A globalização é fruto do capitalismo em expansão que se instalou no mundo sob a pregação ideológica de inevitabilidade. Embora esse fenômeno não se restrinja à ideologia neoliberal, é nele que esta se dissemina e através disso, repercute também nos domínios político, cultural e social ocasionando profundo impacto nas relações capital-trabalho. O neoliberalismo surgiu com a crise do Estado do Bem-Estar Social, rompendo com a concepção solidária entre os indivíduos. Na era da globalização neoliberal, advoga-se o retorno ao Estado mínimo, sujeitando a relação capital-trabalho às leis da oferta e procura. Segundo Boaventura de Sousa Santos: “O consenso econômico liberal diz respeito à organização da economia global, incluindo a produção, os mercados de produtos e serviços, os mercados financeiros, e assenta na liberalização dos mercados, desregulamentação, privatização, minimalismo estatal, controle da inflação, primazia das exportações, cortes nas despesas sociais, redução do déficit público, concentração do poder mercantil nas grandes empresas multinacionais e do poder financeiro nos grandes bancos internacionais.” Para que haja inserção nesse novo contexto, incrementou-se a busca pela competitividade das empresas, onde a redução de custos operacionais, ganha enorme importância. O abalo provocado pela globalização econômica na estrutura de proteção social alterou sensivelmente o perfil dos empregos, através de mudanças como emergência de novas profissões e especializações; mobilidade do trabalho e flexibilização de sua estrutura ocupacional, provocando o declínio de salários reais; ampliação dos níveis de concentração de renda; aumento do desemprego dos trabalhadores menos qualificados; esvaziamento da proteção jurídica contra o uso indiscriminado de horas extras, contra a modulação da jornada de trabalho e contra a dispensa imotivada; redução de benefícios de seguridade social, prestados pelo Estado e pelas empresas. Nesse contexto, há a