global
O envio de navios de guerra britânicos para manobras na região do Estreito de Gibraltar eleva a tensão que vêm se estabelecendo nos últimos dias entre o Reino Unido e a Espanha, em torno da possessão britânica situada no ponto que separa o Oceano Atlântico do Mar Mediterrâneo. O mais recente atrito começou quando Londres decidiu lançar blocos de cimento na baía do Mediterrâneo, o que, segundo Madri, impedia a entrada de pescadores espanhóis na área. Em represália, o governo espanhol decidiu tornar mais difícil o acesso a Gibraltar, alegando que o Reino Unido não é signatário do Acordo de Schengen, que permite livre circulação entre os países da União Europeia. Com isto tornou-se mais difícil o acesso à pequena cidade de 30 mil habitantes, com uma área de 6,8 quilômetros quadrados, situada junto ao rochedo que empresta o nome ao Estreito de Gibraltar. Considerando-se que a área é frequentada não só por turistas, mas também por britânicos e espanhóis que trabalham em ambos os territórios, longas filas se formaram na fronteira. Nesta sexta-feira, o primeiro-ministro britânico David Cameronapelou ao secretário geral da União Europeia, Durão Barroso, para que envie uma equipe para a região fronteiriça de Gibraltar, tendo ressaltado suas “sérias preocupações pelas verificações introduzidas pelos espanhóis na fronteira entre Espanha e Gibraltar, que têm motivos políticos e são desproporcionais”. O conflito diplomático entre os dois países prolonga-se há três semanas e é considerado pela imprensa espanhola o mais grave desde 1969, ano em que o ditador Francisco Franco mandou fechar a fronteira da Espanha e impedir a passagem aos residentes de Gibraltar.Esta confrontação da Grã-Bretanha com a Espanha se dá por uma situação semelhante a das ilhas Malvinas ou Falkland, contencioso que é mantido com a Argentina. A ocupação remonta ao período colonial, com a diferença de que Gibraltar foi cedido pela Espanha ao Reino Unido pelo Tratado de