Gioventú (Eliseu Visconti)
Gioventù é uma obra simbolista, ou seja, é baseada na intuição e há mistério e imprecisão, considerada um dos quadros mais intrigantes da história da arte brasileira e atualmente encontra-se no Museu Nacional de Belas Artes do Rio de Janeiro.
A obra foi definida como A Gioconda (Mona Lisa) brasileira por existir algum tipo de contato entre as obras, com o ar de mistério de ambas. Visconti provavelmente quis que as pessoas remetessem sua obra com a de Da Vinci, até porque ambas começam com GIO.
Gioventú é uma obra que a primeira vista pouco esclarece o que o artista quer comunicar, e seu sentido verdadeiro não salta aos olhos, característica do simbolismo.
A moça parece estar contemplando um espelho, e as partes do corpo dela são detalhadas de acordo com sua importância simbólica. O braço esquerdo dela é todo desmilinguido, e a mão direita te faz olha para a boca dela. Tudo intencional.
Há uma diferença drástica entre o tratamento dado à moça, e ao dado ao fundo, ela parece ter relevo e volume e o bosque parece um cenário teatral pintado. Essa é uma tradição ocidental, para realçar os pontos mais significativos da imagem, porém isso é usado de uma forma suave nas tradições, e na obra não, ou seja, é intencional o que Visconti faz. E o mesmo serve para as pombas, que à primeira vista você nem percebe que estão lá.
Então, assim como a Mona Lisa, Gioventú é uma pintura enigmática que anuncia a eterna juventude da moça.