Giardia Duodenalis

Giardia duodenalis

INTRODUÇÃO

Giardia duodenalis (sinonímia: G. intestinalis, G. lamblia e Lamblia intestinalis) é um pequeno protozoário, flagelado, que durante seu ciclo vital apresenta duas formas: trofozoíta e cisto. Os trofozóitas habitam o duodeno e as primeiras porções do jejuno, sendo por vezes encontrados nos condutos biliares e na vesícula biliar. A nutrição das giárdias faz-se através da membrana e por processo de pinocitose que se observa tanto na face ventral como na dorsal. Seu desenvolvimento é favorecido em pH compreendido entre 6,38 e 7,02. A reprodução realiza-se assexuadamente, por divisão binária longitudinal. Nas evacuações líquidas (diarreicas) os trofozoítas aparecem em grande número, porém em fezes formadas predominam os cistos. Um indivíduo infectado pode eliminar bilhões de cistos diariamente. Na água os cistos podem conservar sua vitalidade durante dois meses ou mais. As giárdias podem ser cultivadas em meios HSP-1 e TPS-1, ou sobre cultura de tecidos, tendo-se conseguido a cultura axênica. As doenças recebem os nomes de giardíase, giardose ou lamblíase. PATOLOGIA

Apesar de suas pequenas dimensões, as giárdias chegam a forrar a mucosa duodenal e de outras áreas, tal sua abundância nos casos sintomáticos. Em consequência, pode haver perturbação da absorção de gorduras e vitaminas e o aparecimento de quadro diarreico, com esteatorréia, cólicas abdominais, evacuações frequentes e emagrecimento. Entretanto, na maioria dos casos, a infecção é assintomática.

SINTOMATOLOGIA

As manifestações clínicas variam, desde uma enterite branda e autolimitada, até diarreias crônicas e debilitantes, com esteatorréia e perda de peso. Os sintomas mais registrados em alguns surtos epidêmicos de giardíase foram: evacuações líquidas ou pastosas, número aumentado de evacuações, mal estar, cólicas abdominais, perda de peso. Já os menos registrados foram: diminuição do apetite, náuseas, vômitos, flatulência, distensão abdominal,