giancarlo de carlo
Inscrito no curso de Engenharia do Politécnico de Milão em 1939, foi graduado antecipadamente em 1942, devido à convocação militar. Não queria ir para a guerra, já havia tomado contato com as idéias anti-fascistas. Conhecera egressos da Guerra Civil Espanhola que lhe relataram o comportamento do Exército Italiano ali, e isso lhe causara simultaneamente interesse pelas idéias anarquistas e desejo de mudar seu país.
“Eu não queria fazer a guerra, mas naquele momento era difícil não fazer a guerra”, disse, e assim serviu na marinha Italiana, na Grécia, por quatro meses, e foi posteriormente transferido para Milão. Logo que chega à cidade adere à resistência, tornando-se uma das principais lideranças partigianas da Lombardia. São tempos muito difíceis, em que molda suas visões de arquitetura e de política. No mesmo período, casa-se com Giuliana Baracco, companheira da resistência partigiana.
O convívio com o arquiteto Giuseppe Pagano, durante a guerra (foram companheiros na resistência partigiana), o aproximou da pesquisa sobre arquitetura vernacular. Pessoa de raciocínio ágil e polemista, Pagano ganha outras cores na fala de De Carlo, que conta algumas passagens cômicas de suas andanças partigianas pelas montanhas e povoados da Lombardia. Pagano era ainda um referencial intelectual e sobretudo ético. As circunstâncias de sua morte marcam De Carlo: Pagano foi preso em uma patrulha, e posteriormente enviado a um campo de concentração na Alemanha, onde foi executado. Outra visão sobre Giuseppe Pagano pode ser encontrada no texto “Valor de uma polêmica” de Giulio Carlo Argan (no livro Projeto e destino, Ática, São Paulo, 2001).
Durante a guerra, estuda Le Corbusier profundamente, publicando