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Durante a década de 1980, assistimos, no Brasil, à organização dos setores da sociedade emergentes no período de distensão, transição e abertura democrática que culminou com a Nova República. Esta, como bem analisou Florestan Fernandes (1986), deu-se com uma transição pelo alto, marcando a continuidade que se estabeleceu entre a ditadura e a república que nasceu de seu ventre, havendo assim, apenas uma reorganização do poder, necessária para que a mesma classe continuasse dirigindo o país.
. A década de 1990, no entanto, testemunha a permanência dos paradigmas anteriores que organizaram historicamente nosso sistema de proteção social, traduzindo-se em políticas sociais fragmentadas, em que se contemplam diferentemente distintos segmentos sociais, com isso reatualizando, no âmbito da ação do Estado, interesses particulares de distintos grupos e segmentos sociais em detrimento de um sistema de proteção social universal e igualitário. [...] refletindo-se no esmaecimento da constituição de uma esfera pública em nossa realidade, como aqueles segmentos que estão fora do mercado de trabalho – incluindo aí a juventude – passam a ser objeto de políticas (quando existem) pontuais, segmentadas e não regidas pelo paradigma dos direitos sociais.
No plano da ordem econômica, os conceitos ou categorias pontes são: flexibilidade, participação, trabalha em equipe, competência, competitividade e