Getúlio Vargas no primeiro e segundo mandato
O período que vai de 1930 até 1934 ficou conhecido como Governo Provisório, pois não havia sido realizada uma nova Constituição. Durante esse período, houve diversos eventos que conturbaram o inicio de trajetória de Vargas como presidente do Brasil. Destes, nenhum é mais lembrado do que a Revolução Constitucionalista de 1932.
Neste conflito, iniciado em 9 de julho de 1932, os paulistas, contrários ao governo Vargas, pediam por uma constituição. Para isso, travaram combates com as forças do governo até 2 de outubro de 1932, quando por fim, foram derrotados.
Em 15 de novembro de 1933 é instalada a Assembleia Nacional Constituinte, presidida por Antonio Carlos de Andrada. Ela promulgou a Constituição em 16 de julho de 1934. Esse ato deu inicio ao período do governo Vargas conhecido como governo constitucional (1934-1937).
Em 30 de setembro de 1937, enquanto eram aguardadas as novas eleições presidenciais instituídas pela Constituição de 1934, o governo Vargas denuncia a realização de um suposto golpe de Estado comunista para tomada do poder. Esse seria o pretexto para que Getúlio Vargas instaurasse, a 10 de novembro de 1937, o Estado Novo, uma ditadura que lhe dava plenos poderes.
Em um pronunciamento de rádio, Vargas disse que o objetivo do Estado Novo era “reajustar o organismo político às necessidades econômicas do país”. Houve, a partir de então, uma forte intervenção do governo em diversos setores da economia do país, sempre com a desculpa de defesa do “bem comum”.
O Estado Novo foi um período cheio de atribulações políticas, onde, entre outras coisas, o Brasil flertou com os países do eixo, durante a Segunda Guerra, e depois se alinhou ao lado das nações aliadas. Houve diversos casos de abuso de poder, perseguições políticas e mortes. Sem deixar de mencionar os casos de tortura.
Houve censura aos meios de comunicação, e uma extensa propaganda política enaltecendo os feitos do governo Vargas foi instituída por toda a parte.