Gestão segurança publica
Carlos Nogueira Fino
Universidade da Madeira
…culture, the historically accumulated artifacts of the group…
Michael Cole (1993)
1. Introdução
Na sua obra, Padrões de Cultura, escrevia Ruth Benedict:
A história da vida individual de cada pessoa é acima de tudo uma acomodação aos padrões de forma e de medida tradicionalmente transmitidos na sua comunidade de geração para geração. Desde que o indivíduo vem ao mundo os costumes do ambiente em que nasceu moldam a sua experiência dos factos e a sua conduta. Quando começa a falar ele é o frutozinho da sua cultura, e quando crescido e capaz de tomar parte nas actividades desta, os hábitos dela são os seus hábitos, as crenças dela as suas crenças, as incapacidades dela as suas incapacidades (Benedict, s/d, p.15).
Por sua vez, Sylvia Weir, numa obra sobre a linguagem Logo, Cultivating Minds - A
Logo Casebook, afirma:
A cultura actual da sala de aula baseia-se num cacho de coisas que andam juntas: uma teoria de aprendizagem, métodos de prática educacional e métodos para avaliar o progresso dos alunos. Da cultura, o professor retira um conjunto de crenças sobre o seu papel, sobre o que se considera que vale a pena aprender e como isso deve ser aprendido e ensinado (Weir, 1987, p. 223).
Cultura, como determinante da forma como encaramos o mundo, e cultura escolar, como condicionante da maneira como desempenhamos o nosso papel de actores no mundo peculiar da educação.
Conforme dizia Spradley (1979), a etnografia deve ser entendida como a descrição de uma cultura, que pode ser a de um pequeno grupo tribal, numa terra exótica, ou a de uma turma de uma escola dos subúrbios, sendo a tarefa do investigador etnográfico compreender a maneira de viver do ponto de vista dos nativos da cultura em estudo.
2. Uma questão de implicação
Em Outubro de 2004, a Universidade da Madeira, através do seu departamento de ciências da