Gestão inovação
Autora: Ingrid Paola Stoeckicht, M. Sc. Sócia-Fundadora e Diretora-Executiva do INEI. 2008.
Com base nos mais recentes modelos de gestão de geração mais avançada, os gestores brasileiros começam a olhar para a adoção de um modelo da inovação altamente colaborativo, a inovação aberta ou “open innovation”. Este modelo pressupõe que o conhecimento para promover inovações encontra-se em qualquer lugar da rede de valor da organização e no mundo globalizado. Portanto, qualquer empresa que quiser se tornar inovadora deverá abrir as portas de sua organização para idéias que venham de fora; de centros de pesquisa, universidades, outras empresas, mesmo que concorrentes.
O enfoque das empresas que adotam este modelo é mais voltado para o exterior, especialmente no que tange a atuação de seu P&D. Buscam usar tecnologia externa para alavancar o próprio processo interno de pesquisa e desenvolvimento, e identificam oportunidades em outras empresas para que usem sua própria tecnologia no desenvolvimento de seus negócios. Portanto, a área de P&D interno destas empresas muda de foco: tornam-se laboratórios de inovação aberta, que identificam e buscam tecnologias promissoras para aplicação interna, e elaboram uma arquitetura capaz de integrar facilmente essas tecnologias em seus sistemas. As equipes do P&D tornam-seintegradoras de tecnologias que possam surgir de fornecedores, distribuidores, clientes e outros atores de sua rede de valor.
Empresas que adotam este modelo valorizam as contribuições intelectuais das pessoas de dentro e fora da organização; buscam essencialmente lançar produtos que sejam rentáveis, licenciam patentes para terceiros, franqueiam a troca de conhecimentos e incorporam tecnologias de outros, dividindo riscos e benefícios. Há, portanto, uma clara preocupação com o conceito de promover a gestão da inovação por meio de processos sustentáveis à longo prazo e não somente em lançar produtos