Gestão de bem comum - praia do buracão
A orla marítima de Salvador, desde o bairro do Rio Vermelho, passando pelo extremo sul da península na região do Farol da Barra, adentrando a Baía de Todos os Santos, até o subúrbio ferroviário na região de Paripe, apresenta morfologia bastante acidentada, intercalando escarpas de grande extensão com enseadas e morros isolados, compondo a paisagem costeira.
Grande parte destas áreas está densamente ocupada por moradias populares e/ou luxuosas. Intercalam-se a estes aglomerados residenciais, segmentos naturalmente preservados, cuja situação atenua os efeitos da ocupação e caracteriza a paisagem costeira. Em geral observa-se pequena profundidade de cerca de 20 metros, aprofundando-se nos pequenos “canyons” existentes em seu interior em conseqüência da construção tectônica e geomorfológica do substrato sedimentar Cretáceo, os quais favorecem a desova e o desenvolvimento de cardumes dos peixes comuns da região (mero, garoupa, cavala, tainha entre outros), além de crustáceos e outras espécies da fauna marinha.
Na zona marinha relacionada à plataforma é comum a prática da pesca artesanal, confirmada pela presença de diversas colônias de pescadores como a da Barra, Rio Vermelho, Pituba, Armação, Itapuã, entre outras. A atividade propriamente dita ocorre em geral distante da costa, nas imediações da quebra da plataforma marinha, quando a profundidade aumenta rapidamente, local denominado “paredão” pelos pescadores.
Esse trabalho irá tratar da Praia do Buracão, localizada nas Ruas Barro Vermelho e do Mirante no Rio Vermelho. A praia possui único acesso por meio de uma escadaria de mais de 50 degraus (Figura 1 em Anexos), desnível esse que motivou o seu nome. Possui uma faixa de areia aproximada de 250 metros de comprimento com largura média de 30 metros, rodeada por grandes casas, prédios, o verde e rochedos (figura 2 em Anexos).
É limitada de um lado por grandes rochas e o verde da área militar do Quartel de Amaralina e do outro lado por