Gestao Financeira
Teoria e prática na gestão de carteiras
No mundo financeiro ideal, o investidor delegaria a gestão de suas economias para profissionais especializados. Os gestores de recursos administrariam os investimentos levando em consideração o perfil de risco adequado para o cliente e perseguiriam o objetivo de atingir o maior retorno possível respeitando um determinado patamar de perda que fosse aceitável pelo aplicador.
Um gestor bem capacitado atingiria as metas que foram estabelecidas. Se não conseguisse cumprir os objetivos, bastaria que o investidor procurasse outro especialista. As medidas de desempenho ajustada ao risco — índice de Sharpe, alfa, índice de Treynor, por exemplo — seriam determinantes para classificar a habilidade de cada profissional especializado na gestão do patrimônio do investidor.
Os melhores gestores administrariam mais recursos e poderiam cobrar comissões maiores dos clientes, por causa da qualidade superior do serviço prestado.
Para buscar compreender os motivos pelos quais nem sempre as coisas acontecem conforme o esperado pelos modelos teóricos e trocar experiências sobre pesquisas em andamento, diversos especialistas participaram do 12 Encontro Brasileiro de Finanças, na Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (FEA-USP), semana passada.
A base da teoria de finanças é que existe uma carteira composta por um ativo livre de risco — um título público de curto prazo, por exemplo — com um conjunto de ativos de renda variável, tais como ações de empresas negociadas em bolsa, de maneira que o resultado final proporcione o maior retorno possível dado um determinado nível de risco. Achar a composição dessa carteira ideal é o grande problema de ordem prática.
A premissa que embasa os modelos financeiros é que mais risco deve proporcionar maior retorno. A lógica é que os