Gestalt
BERNARDINO, P. L.1; DOMENICO, A. P.2; FRAIZ, I. D.M.3; KOLITZKI, A. P.4; LEMES, K. L.5; MELO, L.6; PARHUTS, E. A.7; RIBEIRO, G. K.8; SANTOS, C. M.9; SCHLAFNER, J.10;
FORTINI, P. F.11
Gestalt é um termo alemão, a tradução mais próxima em português seria forma. Esta preocupa-se em compreender quais processos psicológicos estão envolvidos na ilusão ótica, quando o estímulo físico é percebido pelo sujeito como uma forma diferente da que ele tem na realidade. A partir da percepção será possível a compreensão de um comportamento, ou seja, a percepção de um determinado estímulo resultará em um comportamento (BOCK, 2002).
Segundo Bock (2002) para compreender ou reconhecer alguma coisa é necessário que o objeto apresente aspectos básicos que permitam a decodificação, o que a Gestalt chama de a percepção da boa-forma. Para tanto o campo psicológico utiliza três princípios:
1) Proximidade: elementos próximos tendem a ser agrupados;
2) Semelhanças: elementos semelhantes são agrupados;
3) Fechamento: tendência em completar elementos faltantes para compreensão.
A Gestalt-Terapia expõe uma abordagem fenomenológico-existencial, mostrando-se como uma psicoterapia vivencial que foca na consciência do aqui-e-agora, ressaltando o fenômeno como nos é apresentado, muito mais do que no por quê (PERLS et al, 1997). Almeida (2010) enfatiza que essa técnica apoia-se principalmente na a abordagem dialógica e o método fenomenológico. A primeira chama a atenção para a importância do vínculo estabelecido entre terapeuta e cliente. Já o método fenomenológico relaciona-se na exploração do mundo inter e intrapsíquico do cliente. O conceito de fenômeno remete dentro do trabalho terapêutico a ideia de foco, caminhar em direção à totalidade. Esta abordagem terapêutica é uma ação de re-descobrir aquilo que está ali, sem a priori, é uma ação de lidar com o novo como novo, é uma ação de nada afirmar nem negar (PERLS et al, 1997). Para a Gestalt,