gestalt terapia
Elizabeth Schmitt Freire
RESUMO
Este artigo se propõe a investigar o que é a psicoterapia e porque ela é eficaz. Questiona inicialmente a concepção de que a psicoterapia é um tratamento para “doenças mentais”, a partir da constatação da inconsistência epistemológica da noção de “doença mental”. Ademais, são apresentados os resultados de estudos comparativos e revisões de pesquisa sobre eficácia em psicoterapia que demonstram que não existe diferença significativa em eficácia entre as várias abordagens psicoterapêuticas. Estas pesquisas apontam que as técnicas e os procedimentos específicos não contribuem de forma relevante para o sucesso da terapia. São os fatores comuns às diversas abordagens que contribuem de forma significativa para a eficácia da psicoterapia.
Dentre os fatores comuns, a relação terapeuta-cliente e os recursos do cliente são apontados como os mais relevantes. Com base nos resultados destas pesquisas, conclui-se que uma relação terapêutica baseada nas condições de empatia, consideração positiva incondicional e congruência
– são suficientes para o sucesso da psicoterapia. Afirma-se, então, que a terapia é a relação terapeuta-cliente e que o cliente é o terapeuta dele mesmo.
ABSTRACT
This article aims to investigate what is psychotherapy and why it is efficient. First, it questions the conception that psychotherapy is a treatment for “mental illness” from the verification that the notion of “mental illness” is epistemologically inconsistent. Moreover, this article presents the outcomes of comparative studies and reviews of psychotherapy efficacy research which demonstrate that there isn’t significant difference in efficacy among the various psychotherapeutic approaches. These research point that the techniques and the specific interventions don’t contribute in a relevant way to psychotherapy efficacy. Among the common factors, the client-therapist relationship and the