Gerenciando incertezas no planejamento logístico
Eduardo Saggioro Garcia
Leonardo Salgado Lacerda
Rodrigo Arozo Benício
Erros de previsão de demanda, atrasos no ressuprimento de materiais, rendimento da produção abaixo do esperado. Estes são problemas comuns que fazem parte do dia a dia do profissional de logística. Para lidar com essas incertezas, presentes em praticamente todos os processos logísticos, podem ser utilizados estoques de segurança. Porém, o seu correto dimensionamento ainda gera muitas dúvidas e divergências. Muitas empresas determinam de maneira inadequada seus estoques de segurança pois não se baseiam em medidas precisas das incertezas do processo. Isto pode levar a custos desnecessários que freqüentemente não são mensurados.
Se por um lado o excesso de estoque de segurança gera custos desnecessários de manutenção de estoques, relativos aos custos financeiro (capital empatado) e de armazenagem, por outro lado o subdimensionamento do mesmo faz com que a companhia incorra em perdas de vendas ou frequentes backorders (postergação de pedidos), gerando um nível de serviço ao cliente insatisfatório. Assim, a questão principal referente a formação de estoques de segurança é: "qual é o estoque mínimo que irá garantir o nível de serviço ao cliente desejado pela empresa?"
A proposta deste artigo é, portanto, analisar a formação do estoque de segurança com base em técnicas quantitativas para mensuração do nível de incertezas no processo logístico. Primeiramente serão apresentados os principais problemas identificados nas empresas ao tentarem avaliar suas incertezas e formar estoques de segurança. Depois serão exemplificados métodos para mensuração de incertezas e parametrização de indicadores. Por último, serão analisados meios de se dimensionar o estoque de segurança considerando as incertezas do processo.
Principais problemas identificados no tratamento de incertezas e no dimensionamento de estoques de segurança
Os