Geração "Nem-Nem"

GERAÇÃO “NEM-NEM”
A geração de jovens que não trabalham nem estudam

Já virou um termo comum entre economistas e estudiosos do mercado de trabalho brasileiro (e internacional) chamar os jovens que não trabalham nem estudam de Geração “Nem-Nem”. Também conhecidos pela sigla em inglês Neet (neither in employment, nor in education or training), preocupam porque não estão à procura de emprego e tampouco investindo em sua formação.

Um estudo recente da Organização Internacional do Trabalho (OIT), levantou dados em todo o mundo e concluiu que, de 2007 a 2012, a parcela dos jovens "nem-nem" (de 15 a 29 anos) cresceu em 30 de 40 países, mostrando que o fenômeno não é exclusividade do Brasil.

Os dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) mostram que no Brasil há uma população de 9,6 milhões de jovens, a maioria mulheres (70,3%.), integra o grupo dos nem-nem - ou um em cada cinco brasileiros na faixa entre 15 a 29 anos. Esses números crescem na idade de 18 a 24 anos.

Isto não diz que essas pessoas que não estão estudando ou trabalhando estão fazendo nada ou são um bando de inúteis, pode ser uma breve ocasião desfavorável. De qualquer forma temos que prestar atenção, pois torna-se um motivo de preocupação.

Ao observar as diversas pesquisas realizadas na área, estatísticas apontam diferentes incidências por subgrupo por idade e sexo (Figura 1). De acordo com este indicador concluiu-se que entre os jovens de 15 a 17 anos, a classificação é mais equilibrada entre os sexos. No subgrupo de 18 a 24 anos, por sua vez, as mulheres representavam 68%. Entre essas jovens,

mais da metade já tinham pelo menos um filho. Observando apenas as mulheres que já haviam dado à luz no subgrupo de 25 a 29 anos, o número era maior (74,1%).

Percebemos que há uma relação muito forte entre não estar estudando e trabalhando com a questão da maternidade, e entre as pessoas mais pobres, onde acesso à escola é menor, não querendo dizer que isso é a causa e não