Geração elétrica a partir do bagaço e palha em usina de açucar a
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geração elétrica a partir do bagaço e palha em usina de açúcar e álcool
O Brasil coloca-se, junto com os Estados Unidos, como um dos maiores produtores mundiais de álcool. Desde os anos 1980 todos os esforços foram concentrados para reduzir o custo de produção de álcool combustível a partir da cana-de-açúcar, sendo o programa de governo Proálcool daquela época, a resposta brasileira para a crise do óleo que, então, se configurava. Atualmente o país encontra-se em uma situação totalmente diversa. Alcançamos a auto-suficiência na produção de petróleo, mas o país deve ampliar substancialmente sua capacidade de geração elétrica, caso um crescimento econômico estável deseje ser sustentado. A despeito do enorme potencial hidrelétrico ainda por ser explorado, a maior parcela encontra-se na região norte do Brasil, onde a demanda por eletricidade é baixa e onde imensos reservatórios deveriam ser formados, para que essa energia estivesse disponível ao longo de todo o ano.
Este fato abre uma oportunidade ímpar para que as mais de 300 usinas de açúcar e álcool espalhadas pela região sudoeste do país passem a produzir excedentes de energia elétrica. Este conceito está baseado no melhor aproveitamento do bagaço, o qual tem sido ineficientemente queimado em caldeiras de baixa pressão, conjugado à coleta da palha, resíduo da plantação de cana, que é atualmente quase inteiramente queimada antes da colheita. Esta prática será banida em breve no Brasil e as mais de 90 novas usinas agora sendo implantadas, com uma previsão de dobrar a atual produção anual de álcool de 17 bilhões de litros até 2015, deveriam ser as primeiras a se enquadrar às essas novas condições.
Este estudo mostra como aumentar a produção de eletricidade baseada em dados reais de uma usina de açúcar e álcool situada no sul do Brasil, que teve www.brasilengenharia.com.br Jair arone maués*
sua capacidade instalada de geração