Ger ambiental
Ao iniciarmos uma pesquisa, conforme o assunto tratado, é comum começarmos por um inventário do objeto cogitado, principalmente quando escrevemos sobre construções. Se o objeto a ser pesquisado for uma única edificação, quanto maior o número de informações a respeito desta melhor será e, se forem vários prédios, é bom que se tenha um levantamento geral para direcionarmos sobre a proposta a ser pesquisada.
Neste caso, a situação foi inversa, começamos a estudar sobre a Companhia Mogyana de Estradas de Ferro, sem aprofundar sobre o que representava ou que função os prédios tiveram. O nosso foco inicial era sobre as marcações que haviam ficado no espaço urbano do Município de Campinas a partir de onde estava inserida a linha férrea. Descobrimos que era difícil localizar os antigos traçados pois, com a retirada dos trilhos da Via Permanente, mas não tão permanente assim, sobravam só os terrenos, que nos confundiam com outros existentes no espaço da cidade.
Verdade que sabíamos o sentido do traçado, mas a nossa proposta era detalhada e buscava identificar, com meios de informações atuais, onde de fato a linha férrea fora colocada. A princípio, pensamos que com a documentação original da ferrovia as nossas perguntas estariam respondidas, mas foi engano, havia sim a informação nos documentos, porém as plantas mais modernas sobre o leito férreo foram feitas no decorrer da segunda metade do século XX, durante os anos de 1950 e 1960 e não existia qualquer tipo de marcação fora daquele sítio.
Isto quer dizer que, uma vez retirada a Via Permanente, não haveria mais como saber ou, no caso, como localizar fisicamente por onde as composições férreas trafegavam. Não existia referência geográfica e espacial e a cidade mudara o contexto que estava descrito ou desenhado ainda em papel. Notamos que não conseguíamos definir o local exato por onde passava a estrada de ferro, mas identificar os antigos prédios ferroviários sim, pois