George Berkeley
Lisa Downing *
Tradução: Jaimir Conte
George Berkeley, Bispo de Cloyne, foi um dos maiores filósofos do início do período moderno. Ele foi um brilhante crítico de seus predecessores, particularmente de
Descartes, Malebranche e Locke. Foi um talentoso metafísico, famoso por defender o idealismo, ou seja, a concepção de que a realidade consiste exclusivamente de mentes e suas ideias. O sistema de Berkeley, embora impressione a muitos como contra-intuitivo, é poderoso e bastante flexível a muitas objeções contrárias. Suas obras mais estudadas, o Tratado sobre os princípios do conhecimento humano (Princípios, para abreviar) e
Três diálogos entre Hylas e Philonous (Diálogos), são muito bem escritas e repletas de argumentos que encantam os filósofos contemporâneos. Ele foi também um pensador diversificado com interesses por religião (que foi fundamental para suas motivações filosóficas), por psicologia da visão, matemática, física, moral, economia e medicina.
Embora muitos dos primeiros leitores de Berkeley o acolheram com incompreensão, ele influenciou tanto Hume como Kant, e é muito lido (ainda que pouco seguido) em nossa própria época.
1. Vida e obras filosóficas
2. A crítica de Berkeley ao materialismo nos Princípios e nos Diálogos
2.1 O ataque contra o materialismo representacionalista
2.1.1 O argumento central
2.1.2 O princípio de semelhança
2.1.3 Anti-abstracionismo
2.1.4 O que o materialismo explica?
2.2 Contra o materialismo realista direto
2.2.1 O argumento principal?
2.2.2 O Primeiro Diálogo e os argumentos da relatividade
3. O programa positivo de Berkeley: idealismo e senso comum
3.1 Os fundamentos da ontologia de Berkeley
3.1.1 O status dos objetos ordinários
3.1.2 Espíritos como substâncias ativas
3.1.3 A existência de Deus
3.2 Réplicas às objeções
3.2.1 Coisas reais vs. coisas imaginárias
3.2.2 Estruturas ocultas e mecanismos internos
3.2.3 Explicação científica
3.2.4 Objetos impercebidos – Princípios