Geoprocessamento
A eficiente construção de sistemas de informação depende da criação de modelos conceituais que sejam representativos da porção modelada da realidade. Se este problema é projetado para a pesquisa ambiental, é considerável o acréscimo da complexidade nele envolvida. Torna-se necessário considerar o ambiente como um sistema, isto é, uma entidade que tem expressão espacial, a ser modelada segundo sua variabilidade taxonômica e a distribuição territorial das classes de fenômenos nela identificados como relevantes.
Ainda mais, deve ser levada em conta a dinâmica daqueles sistemas ambientais, dinâmica esta a ser retratada segundo uma sucessão de instancias escolhida para representar a evolução (alteração) do ambiente em uma determinada faixa de tempo. É claro que estes sistemas não são de fácil modelagem, requerendo sua execução forte capacidade analítica e sólidos conhecimentos ambientais dos executores. As etapas desta modelagem se superpõem, em certa medida, e em todas elas deve o pesquisador estar alerta quanto a possíveis ampliações dos modelos. A aceitação de expansões se dá, muitas vezes, pela tentativa de considerar múltiplos e excessivos aspectos da realidade ambiental.
Tratamentos numéricos complexos e diversificados tendem a trazer uma aparência de sofisticação que é atraente. É preciso lembrar, no entanto, que a modelagem ambiental é, por si mesma, complexa. É praticamente impossível lançar luz, ao mesmo tempo e com a mesma intensidade, sobre todos os aspectos da realidade ambiental. Os modelos ambientais representam sínteses, que se resolvem segundo a expressão espacial das entidades envolvidas, ou seja, sua distribuição territorial. Como sínteses, constituem-se em uma visão de conjunto, altamente elucidativa do jogo integrado dos fatores físicos, bióticos e sócioeconômicos responsáveis pela realidade ambiental. Não podem, ao mesmo tempo, conter todos os aspectos desta realidade.
Por permitirem representar a