geologia
O autor Armand Mattelart é um sociólogo belga erradicado na França famoso pelo estudo da cultura de massa, do estudo da mídia e da indústria da cultura, assunto este sobre o qual trata a obra analisada. Além disso, fez análises sobre a propaganda imperialista dos Estados Unidos expressa por meio de histórias em quadrinhos. Antes mesmo do início do capítulo em análise, o autor faz questão de contrapor as reais intenções das potências tecnológicas contra as intenções declaradas: as promessas de um mundo melhor por meio da potencialização do trabalho e do esforço do homem expressas sobretudo nas Exposições Internacionais são desmascaradas através do patenteamento de ideias que beneficiariam a todos (e não só quem pudesse se converter ao monopólio econômico a que elas estavam subvertidas pelo patentamento). Tal análise virá ao longo do texto, baseado em evidências históricas sobre a emergência da cultura em massa como uma indústria, a ser explicada. A indústria da cultura começa a ser montada nos anos de 1860 a partir de uma série de alianças entre três agências europeias – as únicas a terem porte internacional -, as quais dividiriam o mundo em esferas de influência midiática, sobre o acordo de que “todas se comprometerem a não divulgar notícias no território” alheio” (p.48). A formação de tal oligopólio da informação criara um cartel de informações tão forte que viria a disputar poder com alguns Estados-nação menos desenvolvidos. Tal modo de mídia só viria a ser desafiado a partir da criação de empresar midiáticas estado-unidenses, cuja inovação a partir das news value, o human interest (p.49), isto é, notícias sobre o cotidiano que promovem certa vulgarização do conteúdo midiático, o qual tratava anteriormente sobretudo de relações políticas e diplomáticas. Essa americanização da mídia viria a dar início à imprensa