geografias das redes mundiais
Mirian Prado
A globalização permitiu um fluxo maior de troca de idéias e informações. Se antes uma pessoa estava limitada à imprensa local, agora ela mesma pode se tornar parte da imprensa e observar as tendências do mundo inteiro. Segundo Luiz Felipe Ferreira Stevanim, da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF - MG), coordenador da oficina “As charges do Profeta: Dilema da liberdade de imprensa na era da globalização”, é fundamental debater e questionar os conceitos dentro deste tema. “A globalização não é absoluta, ao contrário, é relativa e por isso precisa ser vista por todos de forma critica”, explica.
Stevanim afirma que muitas vezes a liberdade de imprensa é limitada pela globalização, já que o livre fluxo de informações é tido como uma ameaça por determinados governos que acabam impondo severos limites de informação aos seus cidadãos.
Para a estudante de Belém do Pará Márcia Gabrielle Dantas, uma das coisas mais interessantes na oficina foi a interação das pessoas presentes. “Tinha gente de Manaus, do sul do país e de muitos outros lugares. Juntos, discutimos a respeito da maneira como a globalização vem se manifestando em todas as culturas, muitas vezes através da mídia", conta.
A mestranda da Universidade Metodista (SP) Carolina Petian disse que um dos assuntos abordados foi justamente o tema central de sua tese. “Minhas pesquisas buscam analisar a maneira como uma reportagem é escrita ou editada e a partir daí perceber porque algumas informações são dadas e outras não. Durante a oficina, discutimos a interferência da globalização também nesse aspecto”,