geografia 2
Segundo a versão mais atualizada doAnuário Estatístico da Previdência Social, foi computado no país, no exercício de 2011, o total de 711.164 acidentes do trabalho. Desse total, 313.131 (44,0%) ocorreram no âmbito da Indústria e já incluem os 59.808 (8,4%) acidentes relacionados especificamente com a Construção Civil. Se considerada a participação relativa de cada setor na ocupação da força nacional de trabalho, 7,5% para a Construção Civil e 22,2% para o conjunto da Indústria, percebe-se que o primeiro está contribuindo significativamente para abaixar a média geral do segundo. Mas, apesar disso, a taxa de acidentes do trabalho na Construção Civil ainda precisa ser reduzida, até mesmo, para que alcancemos os índices observados em outros países mais organizados e seguros (Suiça, Finlândia, Alemanha, etc.).
Evidentemente, essas comparações diretas nem sempre indicam a exata natureza das coisas que estão sendo cotejadas e foram registradas no parágrafo antecedente apenas como uma referência geral de contextualização. Distorções maiores seriam obtidas, por exemplo, se examinados apressadamente os números de acidentes na Administração Pública (3,2%) e no grupo de atividades de Educação, Saúde e Serviços Sociais (10,0%), que, somados, alcançariam 13,2% e poderiam apontar, enganosamente, para a conclusão de que seria pouco seguro trabalhar nos serviços de governo, uma vez que essas parcelas envolvem 16,3% da força nacional de trabalho.
De todo modo, feitas essas ressalvas, merece ser mais detalhadamente examinado o número total de acidentes de trabalho apontado no Anuário para a Construção Civil. De fato, apenas três quartas partes desses acidentes dispõem de informações mais detalhadas (46.539 eventos), por terem sido registrados com a respectiva CAT (Comunicação de Acidente de Trabalho). Dessa subamostra, 84,4% correspondem aos acidentes típicos, 13,5% correspondem aos acidentes no trajeto