Genética
CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS
DEPARTAMENTO DE BIOLOGIA CELULAR, EMBRIOLOGIA E GENÉTICA.
DISCIPLINA DE GENÉTICA HUMANA PARA A NUTRIÇÃO
EPIGENÉTICA e a Metilação do DNA
O termo epigenética origina-se do prefixo grego epi, que significa “acima ou sobre algo” e estuda as mudanças herdadas nas funções dos genes, observadas na genética, mas que não alteram as sequências de bases nucleotídicas da molécula de DNA. Os padrões epigenéticos são sensíveis a modificações ambientais que podem causar mudanças fenotípicas que serão transmitidas aos descendentes (MULLER e PRADO – 2008).
Há dois mecanismos principais envolvidos na epigenética: alterações nas histonas e padrão de metilação do DNA, que envolve modificações na estrutura das ligações covalentes do DNA. Esses mecanismos atuam modificando a acessibilidade da cromatina para a regulação da transcrição localmente ou globalmente, pelas modificações no DNA e pelas modificações ou rearranjos dos nucleossomos. Além desses principais mediadores epigenéticos, há também a presença de RNAs não codificadores, que podem atuar interferindo na transcrição de genes.
Esses mecanismos regulam funções celulares cruciais como a estabilidade do genoma, a inativação do cromossomo X, o imprinting gênico, a reprogramação de genes não imprintados, e atuam no desenvolvimento da plasticidade como as exposições a fatores endógenos ou exógenos durante os períodos críticos, que alteram permanentemente a estrutura e a função específica de sistemas de órgãos.
Os nucleossomos e as histonas são estruturas associadas ao DNA com a função de organização da cromatina. Tal organização está intimamente associada à expressão gênica. Mudanças na estrutura da cromatina influenciam a expressão dos genes, sendo que, estão inativos quando a cromatina está condensada e os genes são expressos quando a cromatina estiver aberta, ou seja, não condensada. Esses estados dinâmicos da cromatina são controlados por padrões