“Gente da terra braziliense da nasção". pensando o brasil: a construção de um povo.
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SCHWARTZ, Stuart B. “Gente da terra braziliense da nasção". Pensando o Brasil: a construção de um povo. In: MOTA, Carlos Guilherme (org.). Viagem incompleta – A experiência brasileira (1500-2000) Formação da História. 2 ed. São Paulo: SENAC/1999. P. 103-125.Ana Beatriz de Sousa Pereira
A história que abrange alguns questionamentos referentes ao “descobrimento” do Brasil ainda carece de pesquisas empíricas mais sofisticadas. Envolvendo algumas de suas vertentes o autor analisa o conceito de povo, os significados que passaram a ser atribuídos na definição do nome Brasil e como se deu a formação de uma sociedade constituída por uma serie de colônias e outras raças.
Existia a ideia de que aqui se encontrariam muitos metais preciosos, mas no final do século XVI o açúcar era o principal produto da economia brasileira e também de fundamental importância para o Império português sendo a base de riqueza que o mantinha até o final do século XVII. Nessa época houve uma grande importação de africanos para o Brasil, o que acabou ocasionando uma mudança tanto na estrutura como na constituição da própria sociedade, que no século XVIII contava com 1/3 da população de escravos africanos e 40% de mestiços. Quando o açúcar passou a gerar menos lucro, veio a descoberto do ouro e vários outros países começaram a ver o Brasil como fonte de enriquecimento, o que já acontecia desde meados do século XVI, sugerindo assim que, a vinda da família real em 1808 para o nosso país não foi uma decisão tomada de imediato, mas algo que já havia sendo requerido há tempos.
Apesar de ser vista como uma terra rica, os habitantes do Brasil não estavam no seu mesmo patamar e eram vistos com olhares distorcidos pelos europeus. Não bastava ser o soberano de uma terra opulenta, a verdadeira grandeza exigia igualmente um grande povo, e nesse aspecto o Brasil era considerado deficiente.
Os negros e mestiços que praticamente representavam o país, pois estavam em grande maioria, não formavam um “povo” e