Gel De Plaquetas
INTRODUÇÃO
O reparo de tecidos e órgãos foi o objetivo final das cirurgias das épocas antigas até a presente, e foi tradicionalmente realizado de duas formas: enxerto de tecidos ou substituição por material sintético. O enxerto de tecidos requer mais cirurgias, associadas à morbidade, e é restringido por quantidade limitada de material. Os materiais sintéticos integram-se mal com o tecido e podem falhar com o tempo devido ao desgaste e fadiga, ou resposta adversa do corpo. O objetivo da engenharia de tecidos é restaurar e preservar as funções perdidas por órgãos doentes ou danificados. Como in vivo, os tecidos projetados in vitro devem fornecer transporte de nutrientes, estabilidade mecânica, coordenação de processos multicelulares e um microambiente celular que preserve a estabilidade fenotípica das células. Para conseguir este objetivo, muitos tecidos projetados requerem características arquiteturais da escala macro (cm) e micro (aproximadamente 100 micra) e as técnicas de cultura celular foram adaptadas para criar scaffolds com as arquiteturas tridimensionais (3D) definidas em escalas relevantes ao sucesso fisiológico do tecido.2 Caso contrário, se cultivados em monocamadas, as células tendem a aderir ao fundo do recipiente, e passam por um processo de desdiferenciação, onde adquirem características morfológicas e passam a produzir componentes de matriz de outro tipo celular.3 Assim, perde-se a funcionalidade do tecido. A possibilidade de uso do plasma rico em plaquetas (PRP) como um arcabouço 3D em forma de gel para sustentação das células possui diversas vantagens. Entre elas, lista-se ser um material biológico, que apresenta fácil reabsorção após a fase de transplantação, pode ser produzido com concentrado de plaquetas do próprio paciente que receberá o transplante, trata-se de um material barato, além de serem ricos em fatores de crescimento.
OBJETIVOS
O desafio do presente trabalho foi definir o uso do