Gatinh
Sai senão te empaco, disse o papagaio.
Boris ficou muito triste. Seus amigos não o conheciam mais e ninguém queria brincar com ele. Aí mamãe gata chegou
Boris, meu filho por que você está tão triste? você me conhece, mamãe?, perguntou Boris. - Claro, meu filho! Mesmo vermelho de tomate, verde igual a abacate, amarelo como marmelo, eu conheço sempre você, Boris querido.
O palhaço Mocotó
O circo Bagunça Bem Feita se instalou na cidade.
Já era a vez de Mocotó, o palhaço, entrar no picadeiro, e ele não achava seu nariz de bola vermelha.
Pôs-se a procurar na caixa da Mulher Barbada e no baú do mágico, mas nada. O que ele fez então?
Mocotó abriu o guarda-roupa do Engolidor de Fogo, mas só viu o seu material de trabalho: três pacotes de fósforos, dois maços de vela, quatro rolos de algodão, seis tochas de fogo e dois litros de álcool.
- Ufa! Vou fechar logo aqui antes que eu fique queimado.
Ele deu uma olhada geral no camarim: roupas penduradas, perucas, bolas, armação de ferro, palmatória, cadeiras, espelho, tudo, menos seu nariz de bola vermelha.
- Só falta olhar na caixinha do Domador de pulgas...mas não sei se devo mexer com as pulgas... esses bichos...
De novo o grito do dono do circo:
- Ei, Mocotó, o pessoal não agüenta mais esperar!
Mocotó nem respondeu. Apavorado, quase chorando, aproximou-se da caixa das pulgas e espiou pelo buraquinho. As pulgas, danadas, brincalhonas, foram logo fazendo gozação com o palhaço:
- Palhaço boboca, nariz de pipoca!
- Palhaço boboca, nariz de pipoca!
Mocotó até gostou da brincadeira e pensou: