Gandhi
É justamente sobre esse tema que Richard Attenborough dirige seu filme biográfico. Trata-se de um filme indicado para o Oscar em onze categorias e ganhador de oito - um drama biográfico produzido por ingleses e indianos.
O filme começa com o assassinato do grande líder e seqüencialmente com o seu cortejo fúnebre. Em flashback, volta-se ao passado, para o tempo em que o jovem advogado Gandhi encontrava-se na África do Sul. Período esse em que teve contato pela primeira vez com o regime de extrema discriminação racial - o apartheid. Acredita-se que o episódio em que fora expulso de um trem por se recusar a deixar a primeira classe, seja o “despertar de sua consciência social”, sua visão humanista e universalizante.
O diretor procura enfatizar mais elementos idealistas da política de Gandhi - elementos esses muito admirados pelo Ocidente -, do que o central de suas ideias políticas. A partir de então, começam as inúmeras manobras de desafio às autoridades britânicas em nome dos direitos civis da minoria hindu na África do Sul, contestando o sistema social baseado na desigualdade: se apropria da desobediência como instrumento para tanto. É interessante notarmos nessa questão o direcionamento dos protestos não irem além da crítica à negação ao povo hindu da cidadania naquela colônia inglesa.
No seu retorno à Índia, em 1915, cena em que tem seu primeiro contato com Jawaharlal Nehru, é ovacionado por inúmeros indianos que o aguardavam. A sua