Galateu ou dos costumes (resumo da obra)
Giovanni Della Casa (1503 a 1556), foi literato e clérigo italiano, estudou em Roma e Bolonha e por sua aprendizagem ganhou o patrocínio de Alexandre Farnese, o papa Paulo III, que o fez núncio em Florença, onde recebeu a honra de ser eleito membro da Academia celebrada e em seguida para Nápoles, onde sua capacidade oratória trouxe-lhe grande sucesso. Por fim foi elevado a arcebispo de Benevento. Sua obra poética liderou uma reação ao modelo petrarquiano. Sua prosa ganhou grande reputação em seus dias e muito tempo depois, seu principal trabalho é exatamente a obra da qual iremos tratar aqui, “Galateo ou dos costumes”. Essa obra foi publicada pela primeira vez em 1558 e é tida como o “ultimo grande tratado” do Renascimento. É o mais importante e influente livro de civilidade depois de ‘O Cortesão’ de Baldassare Castglione, publicado trinta anos antes, foi usado como fonte para os estudos de Norbert Elias junto com a obra de Erasmo de Rotterdam, “A Civilidade Pueril” (De civilitate morum puerilium). Neste tratado, Della Casa enuncia, de maneira consistente e sistemática a idéia de uma definição entre moral e costumes, descrevendo os benefícios destes costumes e orientando seu uso em todo âmbito social, atribuindo regras a essa sociedade e o desenvolvimento de uma moral que acreditava-se ser necessária àquela sociedade. Escrito em prosa que, segundo os padrões da época, está entre os estilos mais graciosos e requintado produzidos no insuperável século XVI italiano. Nele a filosofia prática e a retórica civil reformista de matriz aristotélica que o difere decididamente do modelo nostálgico e neoplatônico de “O Cortesão”, está presente a todo momento. Esse trabalho foi dedicado a Galeazzo Florimonte, primeiro bispo de Aquino e, em seguida Aurunca Sessa, o que explica o título, que é na verdade Galatheus, a forma latina do nome do homenageado, que na obra aparece “para designar a personagem de velho e