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. Isso porque,perceber-se-á uma diferença interessante entre Hobbes e Montesquieu sobre como elespensam a razão e a ciência. O autor inglês compreende que o conhecimento do universo, dohomem, das coisas que existem podem ser apreendidos internamente. A experiência sensível,a experiência real, a matéria é algo confuso, obscuro pela própria sensação humana. Durante os primeiros capítulos de sua obra “Leviatã”, Hobbes discorre sobre as sensaçõ es e sobre alinguagem e como que esta linguagem é suscetível de enganos e de erros de compreensão.Neste sentido, a experiência sentida deve ser deixada de lado por trazer em si essecomponente confuso que é a linguagem e seus erros de entendimento. No esforço de correçãodestas incoerências e de adequado método para se chegar ás conclusões verdadeiras, o homemvolta-se para dentro de si, num esforço endógeno de autoconhecimento. Pois, ao conhecer a sipróprio, ou seja, a sua natureza, é que o homem pode conhecer a natureza humana.Diferentemente de Hobbes, Montesquieu tem outra forma de apreender e compreender oconhecimento: são os casos reais, vividos, e a análise dos mesmos que nos permite conhecer anatureza dos governos e suas especificidades. Montesquieu parte dos fatos – os governosexistiram e/ou existem – para chegar às leis
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que regem esses fatos.
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O pensador francês vaibuscar nos exemplos reais as pistas das leis que regem todo o funcionamento das Antes de prosseguir com a discussão sobre as paixões e a natureza do homem, cabeum ponto importante sobre Hobbes: sua noção de conhecimento e razão
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. Isso porque,perceber-se-á uma diferença interessante entre Hobbes e Montesquieu sobre como elespensam a razão e a ciência. O autor inglês compreende que o conhecimento do universo, dohomem, das coisas que existem podem ser apreendidos internamente. A experiência