Gabriel Chalita A sedução do discurso

Pontifícia Universidade Católica

Matéria: Metodologia e Lógica Jurídica;

Professora: Ila Barbosa Bittencourt;

Fichamento: A sedução no discurso, Gabriel Chalita.

Capítulo I – O direito de seduzir e a sedução no Direito.

O horizonte temático do livro trata-se do discurso jurídico em sua manifestação mais fundamental: os debates entre acusação e defesa. De início é imperioso refletir sobre a atividade dos praticantes do Direito. Código de ética dos advogados: o advogado não deve ter paixões nem preconceitos, em outros termos, os praticantes devem obedecer às regras e às leis rigorosa e objetivamente. O domínio do Direito não se resume ao conhecimento das normas ou dos ordenamentos jurídicos. Aplicar o Direito não depende somente da observância das leis e do estudo das evidências, diversas vezes as provas, consideradas isoladamente, são insuficientes ou contestáveis. Simultaneamente, os testemunhos podem ser atacados em sua credibilidade. Quando acontecem uma ou mais situações de dúvida geradas pelos elementos anteriormente citados, em um processo, o fator que se faz determinante para a escolha entre condenar e absolver um réu consiste indubitavelmente nas falas do promotor de justiça e do advogado de defesa, que têm um papel decisivo. Ponderado esse aspecto, devemos considerar o poder de sedução de cada parte com um elemento imprescindível no cumprimento de condições intrínsecas à aplicação do Direito. Segundo Chalita, podemos conceber o Direito como uma ciência de argumentação. Em outro âmbito, a sedução é um processo emocional, o discurso do sedutor não se fundamenta puramente em argumentos lógicos, este recorre a artifícios retóricos e alegóricos a fim de envolver e comover. É valido ressaltar que persuadir, para o autor, significa interiorizar uma determinada convicção em alguém, constituindo um processo racional. O elemento emocional é uma