Fé e revela
Vivemos numa sociedade marcada pela complexidade, que continuamente depara-se com o surgimento de novas linguagens, novos meios, novas ambiências, que resultam num pluralismo de formas de comunicação. É uma sociedade marcada pela tecnologia na qual tudo vira mercadoria, inclusive a religião. Nela fazem-se presentes novos símbolos, signos e movimentos que ocupam espaços e configuram novas culturas. Essa época marcada pelas mídias digitais é conceitualmente definida por muitos como Era Digital.
Era Digital, também conhecida como Era da Informação, é o nome dado ao período posterior à Era Industrial, mais especificamente, após a década de 1980. Suas bases, porém, remontam ao princípio do século XX e, particularmente, à década de 1970, com as invenções do microprocessador, da rede de computadores, da fibra ótica e do computador pessoal. É uma era de muitas transformações que prima pelo diferente, pela inovação, pela transformação, pela diversidade, pela interação, pela pluralidade, enfim, pela novidade. Também se identifica, de modo bem comum e visível, com certa banalização do conhecimento e da comunicação.
Esse ambiente fortemente tecnológico transforma a compreensão do ser humano em relação ao universo e a si mesmo.
Conclui-se, então, que depois da chamada Era de Gutemberg e da Era da Imagem, vive-se na Era da Comunicação midiática: realidade que revoluciona as sociedades e suas referências culturais. Nela estão às tecnologias, a mercadologia, as religiões, as políticas, as artes, as economias, as ciências e os comportamentos. Pode-se dizer que em meio a tantas informações prontas, identifica-se uma superficialidade. Há ilusão de que se sabe alguma coisa, quando na verdade, sabe-se bem pouco ou quase nada. Em meio a tantas informações, faz-se necessário elaborar e construir algo coerente com consistência, para além do que é visto e ouvido. É nessa sociedade marcada pela complexidade que estão as religiões e a