Fé não provém do homem.
Pergunto: quem é o grandioso? Quem é o magnânimo? O homem que ofereceu a casa, ou o que a recebeu? O homem que deu o presente, ou o homem que o aceitou? O bem foi praticado por quem? Por aquele que disse “sim, eu quero o presente”, ou pelo doador? Não soaria estranho o donatário afirmar que o mérito pelo bem que recebeu é dele? “Ora, fui eu quem disse sim, mereci a casa portanto...”. Se não fosse o doador, o donatário poderia gritar milhões de “sim”, mas a casa não viria, porque a existência da casa não depende dele, donatário, mas do doador. O donatário não teria aquela casa se o doador não a quisesse doar.
Pois é exatamente assim que o homem age em relação ao maior presente que DEUS pode dar: A FÉ EM JESUS CRISTO. É evidente que o exemplo da casa é incompleto, e não retrata a grandiosidade do amor de Deus. Aliás, nenhum exemplo criado pelo homem será capaz disso, já que o amor de Deus “excede todo o entendimento” (Efésios, 3:19).
Quando Deus, por meio de seu Espírito Santo, se apresenta diante de nós – Ele o faz constantemente, pela palavra bíblica ou pelos sacramentos – e nos oferece a Fé gratuitamente, o homem se encontra na mesma condição daquela pessoa a quem foi ofertada a casa em doação: pode aceitá-la ou recusá-la.
Homens há que aceitam a Fé, e fazem-no reconhecendo sua completa impotência e incapacidade para, por esforço próprio, terem fé na obra salvídica da encarnação, morte e ressurreição de Jesus Cristo. Tais pessoas compreendem que sua salvação não depende delas, e que nada podem fazer para serem salvas. Percebem