Futuro de boas ideias
Por Vinícius Azerêdo
Não dá para contar a história de algo que ainda não aconteceu. Qualquer tentativa neste sentido provavelmente acaba em ficção. O melhor que podemos fazer é contar a estória sobre o que gostaríamos que acontecesse. E este é um conto sobre um futuro que eu não quero só ver, mas ajudar a escrever...
Nesse futuro, veremos uma evolução do pensamento em relação à comunicação. Uma mudança de paradigma. O modelo de receber mais dinheiro por menos criatividade e mais espaço em mídia vai morrer desnutrido, porque quem consume agora já aprendeu a ignorar o que não é relevante. Entraremos numa era de “Ideacentrismo”. Com as ideias, as boas ideias, no centro do universo. Ou pelo menos, no centro de qualquer negócio que pretenda existir.
O valor dos profissionais será medido pelo valor das suas ideias. Vai ganhar mais quem pensar mais e melhor.
As empresas que nascerem nessa era vão trazer no DNA toda essa dinâmica social, criatividade, poder de inovação, capacidade de se reinventar e de se manter sustentável. Pura questão de adaptação e sobrevivência. Darwin explica.
Ninguém mais vai falar de mídias sociais.
As mídias sociais como conhecemos hoje vão estar tão ligadas à vida das pessoas, de uma forma tão natural, que não vai fazer sentido falar delas assim separadamente. A gente só vai falar de vida, de pessoas e do que é realmente relevante para elas.
Azar de quem morrer no meio do caminho, acreditando que esse “negócio de facebook e twitter” é passageiro e sem sentido. Na verdade, bem feito.
Criar será o novo consumo. Vide a teoria de Clay Shirky, Cognitive Surplus. As pessoas criarão conteúdo para ser consumido pela sociedade como um todo. Vai ser muito mais interessante e prazeroso produzir tal conteúdo do que só engolir qualquer coisa que forçam na gente.
Transparência não vai ser mais questão de escolha. E ética não será imposta por nenhum choque de ordem, mas como requisito mínimo pela sociedade.
Mas uma