Futsal
(Futsal de cegos).Nos últimos anos, justificado por uma série de interesses, tem-se preocupado cada vez mais com os portadores de deficiências, o que também inclui o aumento pela busca e prática dos esportes. Particularmente quanto aos cegos, no Instituto Benjamin Constant há sempre alguém em busca de informações e/ou espaço para a prática esportiva.
Dentre as atividades esportivas desenvolvidas por cegos, consideramos o futsal uma das mais difíceis. Justamente por isto, por sua procura e pela ausência de literatura sobre o assunto, buscamos apresentar os fundamentos básicos e discutir sua aplicação, com a intenção de, assim, contribuir com aqueles que desejam iniciar o ensino desta modalidade.
Introdução
Muitos de nós normalmente imaginamos que cegos não podem desenvolver algumas atividades do cotidiano, do labor, domésticas e até mesmo esportivas e/ou do lazer, como andar de bicicleta, correr, nadar, entre outras. Entretanto, observando-se adaptações, é perfeitamente possível que o cego as realize, tornando-se assim mais ativo, independente e também integrado.
Especificamente sobre o futsal para cego, perguntamo-nos “como o cego pode jogar bola?”, “como ele ‘enxerga’ a bola?”, “como ele pode acertar o gol?”, “como passa a bola para o companheiro?”, “e o drible?”.
Estimamos que aproximadamente há quarenta anos, o futsal para cego vem sendo praticado para cegos no Brasil em várias de suas associações. No Instituto Benjamin Constant, esta prática também é muito antiga, tendo surgido de forma singular porque coube aos alunos a invenção espontânea de uma brincadeira denominada “gol a gol”.
Em nossa experiência de ensino no Benjamin, alunos iniciados no “gol a gol” têm geralmente apresentado um rápido aprendizado do futsal.
“Gol a gol” é um jogo armado com um número não determinado de jogadores, praticado com uma bola envolvida em um saco plástico, tendo como campo “oficial” o espaço demarcado pelas pilastras e teto do pátio do Instituto