Futebol
- Em menos de 10 dias o clube interrompeu os conflitos entre República do Congo e República Demócratica do Congo e a Guerra de Biafra, na Nigéria. Não era interessante para os países terem combates enquanto o Santos estava lá e a guerra foi paralisada por alguns dias - explica Guilherme Nascimento, historiador do Santos.
Porém, quem viveu aquela época de perto não guarda más recordações. Pelo contrário.
– Para nós não tinha um ambiente de guerra, era estranho. Víamos um monte de guarda, o povo passando fome, mas lembro que todo mundo andava na rua com cadeira na cabeça para ir ao estádio, pois lá não cabia todo mundo na arquibancada. Era uma festa para eles aquele momento. Foi emocionante – contou o ex-jogador santista Lima, em entrevista recente.
Apesar do risco, Pelé e sua turma foram tratados como majestade, como lembra Manoel Maria, ex-ponta-direira do Peixe.
– O Rei é o Rei em qualquer lugar. Todo mundo em cima do Pelé, era uma coisa linda. Nós éramos assediados por todos, não passamos nenhum problema.
Os combates continuaram logo após a saída do Santos do país, mas, certamente quem presenciou o espetáculo do time de branco jamais se esqueceu. O período marcava a consolidação de uma equipe nascida para o sucesso. Em três décadas, 50, 60 e 70, foram 63 títulos.
– De olhos fechados já sabíamos aonde cada jogador estava. O Santos foi a principal atração do mundo por um longo tempo – destacou Pepe.
Por conta disso, recordes de renda eram constantemente superados pela equipe que todos queriam ver, e