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A justiça para Santo Agostinho só pode ser a justiça divina. E o que é? Agostinho está, primeiro, realizando de maneira subjetiva uma crítica, do ponto de vista humano. As justiças humanas são todas falíveis, e esse é o motivo pelo qual Aristóteles pensou na equidade. Há juízes que vendem sentenças, há cortes que cometem injustiças agudas... Então o que se quer é um patamar novo, uma reivindicação nova.
O problema da justiça divina é: quem a pronuncia? No Irã são os aiatolás. Então acredita Agostinho que o pronunciamento eclesiástico será unificador, e menos suscetível das contingências humanas, portanto mais isento, purificado e verdadeiro em relação às contingências humanas. Mesmo porque essa justiça divina seria principiologia inspirada nos mandamentos sagrados. Buscou por em prática a Regra do Amor: amar a Deus sobre todas as coisas, amar ao próximo como a ti mesmo, tudo sob o signo da solidariedade, para que o mundo seja fraterno, e se caminhe para a Família Universal. Criar um mundo amoroso.
Santo Agostinho também escreveu sobre um outro conceito: a Paz Perfeita. Ele não se contenta com a paz. Sinaliza, então, uma paz perfeita, já que o filósofo trabalha com a lógica formal, com a dedução socrática, platônica e aristotélica. O mundo produto da justiça é um mundo de concórdia, que levará a uma obediência tão natural como respirar, pois não haverá razão para dissídio maior. Um mundo em que se viverá de acordo com os mais elevados sentimentos e não haverá motivos ou circunstâncias para embates, disputas, controvérsias, egoísmos e reivindicações entre os homens, pois ampliará as convergências entre eles.
É o processo crescente de Santificação do próprio homem.