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Dois novos estádios foram construídos especialmente para a competição: o Independência, do Sete de Setembro, em Belo Horizonte, e o Estádio Municipal, no Rio de Janeiro.
Apesar de o Brasil ter sido escolhido anfitrião do torneio no dia 25 de junho de 1946, as providências começaram muito tarde. As obras do Estádio Municipal foram iniciadas somente em agosto de 1948. A sorte do Brasil foi que a Copa do Mundo, inicialmente agendada para 1949, foi transferida para 1950 – ou teríamos dado vexame. Toda a preparação foi praticamente deixada para o início deste ano e as obras foram feitas às pressas.
Vale lembrar que Porto Alegre e Recife foram escolhidas como sedes apenas dois meses antes do início da competição. Tanto que, nos meses de abril e maio, os sócios do Sport Club do Recife, donos do Estádio Ilha do Retiro, se mobilizaram para fazer as reformas necessárias para a Copa do Mundo. O estádio recebeu apenas uma partida (veja o quadro).
A construção do gigantesco Estádio Municipal suscitou uma grande briga entre Ângelo Mendes de Morais, prefeito do Rio de Janeiro (Distrito Federal), e o jornalista e deputado federal Carlos Lacerda, que fazia oposição a ele. Lacerda queria que o estádio fosse construído em Jacarepaguá, região totalmente desabitada, distante 30 quilômetros do centro. Morais bateu o pé e, apoiado pelo vereador Ary Barroso, famoso compositor e locutor esportivo, preferia construir o estádio no terreno antes ocupado pelo Derby Club, hipódromo desativado depois da fusão da entidade com o Jockey Club na década de 30. O local fica exatamente no centro geométrico da cidade. Morais contou ainda com a força