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O cenário agrário brasileiro viveu um importante momento na história do Brasil nos anos de 1950 e 1960, quando as Ligas Camponesas e o Partido Comunista Brasileiro (PCB) 2º ENCONTRO DA REDE DE ESTUDOS RURAIS 11 a 14 de setembro de 2007, UFRJ, Rio de Janeiro (RJ)conseguiram trazer para o centro do debate político e econômico do país a questão agrária brasileira. A expansão tardia do capitalismo e a modernização arcaica no meio rural brasileiro, a partir da décadas de 1930, intensificou a questão agrária. Para tanto, fez-se necessário transformações capitalistas no campo, o que aumentou ainda mais a exclusão política e a expropriação do camponês. O objetivo da modernização do campo, que recebeu capital externo, foi uma maior produtividade para um maior lucro, o que não diminuiu a quantidade de latifúndios, mas gerou uma maior concentração de terras e de riquezas. O Nordeste Açucareiro do Brasil foi a região em que a expansão do capitalismo trouxe maiores desequilíbrios sociais e econômicos, tornando-se , assim, o local de maiores conflitos sociais. No final do século XIX a concorrência com o mercado internacional exigiu que o aperfeiçoamento das técnicas de produção açucareira, muitos dos antigos engenhos se modernizaram e tornaram-se usinas. Essa concentração devastadora do latifúndio usineiro teve conseqüências desastrosas para o Nordeste, onde a penetração capitalista encontrou uma área secularmente empobrecida pela extrema concentração de riqueza e só fez agravá-la.
Neste contexto, surgiram as Ligas Camponesas que desempenharam um importante papel na história do Brasil, mobilizando milhares de camponeses para lutarem contra a exploração e a expropriação exercidas sobre eles pelo capital. É importante diferenciar as Ligas Camponesas, que iremos nos aprofundar, das ligas camponesas do PCB, formadas na década de 1940. As ligas permearam pelos objetivos eleitorais do PCB e, igualmente pelas reivindicações dos interesses imediatos e concretos