Fusão de empresa
A aquisição da Vivo vai gerar sinergias de € 3,3 bilhões a € 3,9 bilhões, informou ontem o diretor financeiro da Telefônica, Santiago Fernandez Valbuena, em conferência para a divulgação dos resultados da empresa no segundo trimestre.
De acordo com o executivo, o cálculo inclui vantagens operacionais obtidas entre as duas empresas; benefícios trazidos pelo gerenciamento integrado das operações; além de ganhos fiscais.
"Com o fechamento do negócio, a estrutura da Brasilcel se torna desnecessária, o que pode levar a valores obtidos com sinergias maiores do que os que tinham sido informados anteriormente", diz Valbuena.
Durante o longo processo de negociação entre Portugal Telecom e Telefônica, o grupo espanhol falava de sinergias de € 2,8 bilhões.
"O valor final vai depender das diferentes estrategias de integração", diz. O executivo calcula que o processo de aquisição da Vivo seja concluído no primeiro trimestre de 2011, com o fim de todas as etapas da negociação, incluindo a oferta pública para a aquisição de ações ordinárias da Vivo que não são detidas pela holding Brasilcel e representam aproximadamente 3,8% do capital social da companhia.
Esta operação é estimada em € 800 milhões.Empacotamento
A compra da Vivo é a peça que faltava para o grupo espanhol integrar operações no Brasil, que respondeu por 40,4% da receita da companhia na América Latina no primeiro semestre, mas onde a empresa ainda não podia colocar em prática o empacotamento de produtos, que são telefonia móvel e fixa, banda larga e TV por assinatura.
"Em todo o mundo, a estratégia da Telefônica é muito baseada na telefonia móvel. Como o Brasil é principal país na América Latina, resolver isso era crucial para eles", afirma o analista sênior da Informa Telecoms & Media, Julio Puschel.
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